As chuvas enfim chegaram de forma generalizada às regiões da Bahia mais afetadas pela estiagem prolongada. A escassez de precipitações durou praticamente toda a primavera e só foi cessada no penúltimo dia da estação, que dará lugar ao verão às 0h27 desta sexta-feira (22).
As precipitações chegaram ao estado de forma tímida no domingo (17) e avançaram com expressão nesta quarta-feira (20). O litoral e a faixa de divisa com Minas Gerais foram as áreas com os maiores volumes registrados, assim como algumas localidades da Região de Salvador e do Recôncavo. Também houve registros de vendaval e até de granizo em algumas localidades do estado.
Em Ilhéus, o volume acumulado entre o fim da noite de terça-feira (19) e as 24 horas seguintes passou de 220 mm em alguns bairros, sendo a cidade com as maiores chuvas registradas entre as monitoradas pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). A prefeitura decretou situação de emergência por conta dos danos causados pelo grande volume de água que caiu em pouco espaço de tempo.
As vizinhas Camamu, com 132 mm e Itabuna, com 115, aparecem respectivamente na segunda e terceira posições entre as localidades com chuvas mais expressivas. O acumulado também foi grande em Maragogipe, na Região de Santo Antônio de Jesus, com 103 mm, e em Simões Filho, na Região de Salvador, com 101 mm, cidades que fecham o Top 5 do Cemaden.
Na capital do estado, o maior volume foi registro no pluviômetro do bairro Nova Esperança, de 65 mm.
Em Vitória da Conquista, que estava sem chuvas generalizada desde abril, o acumulado chegou a 69 mm em alguns bairros. Na região, o maior volume foi em Barra do Choça, de 86,4 mm. Também choveu bastante em Itororó (57 mm), Itapetinga (56 mm) e Aracatu (40 mm).
Pela Região de Guanambi, choveu o maior volume na cidade Licínio de Almeida, 85 mm no total. Em Guajeru foram 56 mm e Igaporã foram 53 mm. Também choveu em Rio do Antônio, 48 mm, e em Candiba, 40 mm. Em uma fazenda na zona rural de Iuiu, próximo à cidade de Malhada, o acumulado foi de 28 mm, e em Ibiacussê foi de 31 mm.
Nas cidades de Tanque Novo e Urandi, as chuvas foram menores, 9,6 mm e 7 mm respectivamente. Em Bom Jesus da Lapa, Caculé, Carinhanha, Guanambi, Riacho de Santana, Sítio do Mato e várias outras localidades, os equipamentos não funcionaram e não houve registro dos volumes de chuvas. As estações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) de Bom Jesus da Lapa e Guanambi também não coletaram os dados de forma correta.
No Extremo-Oeste do Estado também choveu, no entanto, não há monitoramento do Cemaden na região. Em Luís Eduardo Magalhães, o Inmet registou 38 mm, mas nem todos os dados foram coletados por defeito na estação. O mesmo problema acontece em Barreiras, onde a o equipamento ficou por mais horas sem registro. Além disso, a estação convencional da cidade está sem atualização dos dados deste o início do mês.
Previsões
As chuvas devem continuar em boa parte do estado nesta quinta-feira (21). Ainda são esperados volumes significativos em algumas áreas do estado. No entanto, mesmo no curto prazo, os modelos divergem sobre a localização dos maiores acumulados.
A partir de sexta-feira (22), as chances de chuva diminuem em todo o estado e a expectativa é de que elas voltem até o último dia do ano.
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