Deputado federal Neto Carletto (PP)
Diante dos últimos casos de violência que atingiram escolas em todo o Brasil, o deputado federal Neto Carletto (PP) apresentou, na Câmara, uma Indicação, ao Ministério da Educação, sugerindo a elaboração de protocolos de segurança para as instituições de ensino da educação básica.
A iniciativa, que parte de experiências e estudos relacionados às áreas de segurança e de educação, tem como finalidade garantir a proteção de professores, funcionários e estudantes nos ambientes escolares.
Na proposição, o deputado Neto Carletto cita o massacre que aconteceu recentemente em Blumenau e também a situação em São Paulo. Ele pede a melhoria da segurança nas instalações escolares. “Na tragédia de Blumenau, o autor do ataque pulou o muro da creche com uma machadinha nas mãos e deu de cara com as crianças brincando. Não estamos sugerindo a transformação da escola em prisões com agentes armados, janelas lacradas e muros com arames farpados. Mas a escola precisa ser um espaço que garanta a proteção e inviolabilidade do seu patrimônio, principalmente o seu maior, a integridade física e emocional das vidas que diariamente a frequentam”, explicou o parlamentar.
A discussão e o aprimoramento de medidas de segurança contra ataques e ameaças, ouvindo pesquisadores, diretores de escolas, representantes de pais e responsáveis e profissionais da segurança pública é uma prioridade destacada na Indicação do deputado. “As tragédias poderiam ter se estendido tanto em Blumenau como em São Paulo. Imaginem se as agressões estivessem com armas de fogo? É importante tratarmos a temática de enfrentamento ao bullying com muita responsabilidade. É necessário identificar quando ele acontece e compreender as consequências que podem ser acarretadas. A existência de um protocolo e treinamento para que atitudes violentas, desrespeitosas e intolerantes não sejam normalizadas e desprezadas é indispensável!”, explicou Neto Carletto.
Um levantamento global da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) coloca o Brasil entre os países de índices mais altos do mundo no ranking das agressões contra professores - e tem se mantido estável nos últimos anos. As consequências destas ações têm efeitos em todos os envolvidos: tanto nas vítimas quanto nos autores. Os resultados vistos são: depressão, suicídios, distúrbios comportamentais, prejuízo às atividades em sala de aula e abandono escolar. “Espero que o Ministério da Educação elabore um protocolo de reforma e revisão das instalações dos estabelecimentos escolares; de ações de emergência contra invasões e ameaças; e de enfrentamento de bullying, a serem seguidos pelo corpo de profissionais das escolas. Acrescentamos que o apoio técnico e financeiro do MEC para a implantação desses protocolos também é fundamental”, pontuou Neto Carletto.
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