quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Após fim do mistério, novo fardo de navio nazista aparece em praia de Una


Dias após a divulgação do estudo que apontou que as “caixas misteriosas” que apareceram em praias do nordeste são fardos de borracha do navio nazista MV Weserland, um novo fardo apareceu em praias baianas.

Desta vez, em Una, no sul da Bahia. O fardo apareceu na quarta-feira (20), na praia dos Lençóis. O objeto foi encontrado por funcionários do hotel Fazenda da Lagoa, que fica no litoral do município.

Matheus Dias, gerente do hotel, conta que pedalava na praia em direção ao trabalho quando encontrou o fardo. Ele diz que pesquisou sobre as caixas.

“Encontrei essa coisa imensa e emborrachada e fui pesquisar. E achei muito interessante essa coisa de navio afundado na 2ª Guerra”, disse.

Em contato com o g1, a prefeitura de Una afirmou que não tomou conhecimento do aparecimento do objeto porque a região apontada pelo gerente do hotel seria uma área particular.

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) revelou que as "caixas misteriosas" que apareceram em praias da Bahia, Alagoas e Sergipe, em agosto deste ano, são fardos de borracha de um segundo navio nazista, o MV Weserland.

Isso porque, no início do ano, o grupo revelou que as "caixas misteriosas" que apareceram nas praias do Nordeste do Brasil em 2018 eram fardos de borracha que se haviam soltado de um navio Alemão, o SS Rio Grande, naufragado pelos americanos ao largo da costa do Brasil em janeiro de 1944.

Segundo informações do oceanógrafo Carlos Teixeira, que é pesquisador no Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da UFC, o material estaria afundado no mar há 77 anos.

Desde 2018 esses fardos seguem aparecendo em algumas praias. A priori, os pesquisadores do Labomar acharam que podia tratar-se dos fardos do SS Rio Grande, que continuam aparecendo em algumas praias da região.

No entanto, de acordo com Carlos Teixeira, duas coisas chamaram a atenção: a enorme quantidade de fardos reportada (mais de 200) e o fato de que em alguns deles constavam as inscrições gravadas em ideograma japonês, o kanji (o que não tinha sido visto até então).

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