Um dos suspeitos de envolvimento no homicídio do policial militar Adir Pires Fontes de Oliveira foi encontrado morto na noite de terça-feira (3) em Ilhéus, sul da Bahia, mesma cidade em que o crime contra o PM aconteceu.
Segundo a polícia, o homem foi interrogado na tarde de terça, na companhia de um advogado, e negou todas as acusações. Ele era suspeito de ajudar na fuga de pessoas envolvidas no homicídio do policial militar, atingido por disparos de arma de fogo ao sair de um bar de Ilhéus, no domingo (1º).
Horas depois de ser liberado do interrogatório, o homem foi encontrado morto dentro de casa, com marcas de tiros na cabeça. A polícia não deu detalhes autoria e motivação do crime. O caso será investigado.
Denúncia de moradores Após a morte do PM, moradores da localidade de Sambaituba, próximo ao local do homicídio, relatam ações agressivas de policiais, durante as investigações. Eles dizem que casas são invadidas e objetos destruídos. Além disso, há relatos de agressões físicas e verbais.
“Os policiais estão fazendo operação por conta própria, estão chegando sem mandado, entrando nas casas. Inclusive, entrou numa casa que é minha, que a gente tem lá, que passa o final de semana. Na casa não tinha ninguém no momento.
Reviraram a casa toda, quebraram minha televisão, querendo que a gente 'dê conta' dos suspeitos. Estão ameaçando, coagindo”, disse uma das moradoras, que preferiu não se identificar. Pessoas ligadas aos suspeitos da morte do PM também relataram as ações. Uma delas disse que foi agredida por um policial.
Por causa das ações agressivas, os moradores vão procurar o Ministério Público da Bahia (MP-BA). "Eles arrombaram lá procurando pelo suspeito na minha casa porque de fato, são meus sobrinhos. Ontem [terça], foi na faixa de umas 11 viaturas na minha casa", relata a mulher que também não teve a identidade divulgada.
"Tinha uns 15 homens dentro da minha casa. Me trancaram dentro da minha casa, me agrediram, me deram vários tapas na cara”, disse. Sobre os relatos, a 68ª Companhia Independente de Polícia Militar (68ª CIPM), responsável pela cidade, informou que não recebeu denúncias sobre as ações e que a PM tem agido dentro da legalidade. Informou ainda que o cerco na região vai permanecer para localizar todos os envolvidos na morte do PM.
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