O governador Rui Costa voltou a falar que não cogitou a hipótese de fechar cervejarias na Bahia. A hipótese foi aventada pelo secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, que tratou a fala como “mero exercício retórico”, e acabou movimentando a manhã desta segunda-feira (24). Ao retomar o tema, Rui brincou: “O Campeonato Brasileiro vai começar, o Bahia vai jogar, já não está jogando tão bem. O cara toma uma cervejinha para relaxar e passar a raiva dele com o jogo do Bahia. Eu vou dizer para ele não tomar? Do Vitória nem se fala”.
Afeito a analogias futebolísticas, Rui completou: “O Estado não quer proibir que as pessoas em casa relaxem, tomem seu uísque, sua cerveja. Ou sua pingazinha. O que estamos pedindo é que as pessoas não aglomerem, não lotem bares, postos de gasolina. Isso não tem nada a ver com a pessoa estar em casa, assistindo ao jogo do Bahia, abrir uma geladinha para tomar. Não vejo problema nenhum. O cara está há um ano sem poder conviver socialmente, se ele não puder tomar uma geladinha em casa, pelo amor de Deus..”.
Para garantir que também tem passado por restrições, Rui citou como exemplo um amigo que está “devendo um jantar” a ele. “Nem na casa de amigos estou aceitando convite para jantar. Não quero circular, não quero andar em prédio, entrar em casa e estar estimulando esse tipo de atividade”, disse.
O governador foi ainda mais longe na brincadeira com a liberação de bebidas alcoólicas. Segundo Rui, não cabe ao estado delimitar o que as pessoas fazem no privado - ainda mais se for para apimentar a relação. “Vai sentar com a esposa para jantar, vai tomar um vinhozinho para alegrar a noite e vai dizer: 'O governador não quer deixar eu tomar um vinho e uma cerveja para alegrar o namoro da gente?'. Que é isso? Deixa o povo viver”, indicou.
Para ele, o álcool não necessariamente é um vilão único. “O que eu quero é não fechar nada, mas para isso eu preciso da ajuda de todo mundo. Eu preciso, inclusive, da ajuda de donos de bares e restaurantes. Eu tenho recebido dezenas de imagens e, aqui para nós, o segmento não está ajudando, porque, infelizmente, não está respeitando os decretos municipais que definem limites de ocupação e o padrão de distanciamento social”, sugeriu.
FONTE/CRÉDITOS: Bahia Notícias
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