O plenário do Senado inicia
às 9h desta quarta-feira (11) a sessão que decidirá pela aprovação ou rejeição
do relatório favorável à admissibilidade do processo de impeachment da
presidente Dilma Rousseff.
Para que o processo seja
instaurado, dando início à fase de produção de provas e, posteriormente, ao
julgamento da presidente, é preciso que estejam presentes à sessão pelo menos
41 dos 81 senadores (maioria absoluta).
A aprovação do relatório da
Comissão Especial do Impeachment, de autoria do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), exige maioria simples dos senadores presentes –
metade mais um. Por exemplo: se estiveram presentes 60 senadores, são
necessários pelo menos 31 votos. O presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), só vota em caso de empate.
Regras da votação
Renan Calheiros afirmou que os microfones serão desligados assim que se esgotar o tempo de 15 minutos que cada senador inscrito terá para se pronunciar.
Ele disse que alertará ao senador
que estiver ocupando a tribuna quando faltarem dois minutos e depois um minuto
para o término do pronunciamento.
Renan informou que senadores
pró-impeachment e defensores do governo devem se alternar na tribuna do Senado
para fazer suas exposições, de acordo com a ordem de inscrição.
Ele dividiu a sessão em três
blocos, com intervalos de uma hora entre cada um. De manhã, das 9h às 12h; à
tarde, das 13h às 18h; e à noite, de 19h em diante.
Não serão permitidos apartes durante
a sessão. Também não está previsto tempo para orientação de voto das bancadas
pelos líderes partidários.
Acusação
Na última sexta (6), o relatório de Anastasia foi aprovado com 15 votos a favor e 5 contra na Comissão Especial do Impeachment.
O parecer diz que a denúncia
acolhida pela Câmara contra
Dilma apresenta os requisitos formais exigidos pela lei e pela Constituição:
indícios de autoria e existência de um crime de responsabilidade.
O parecer levou em conta decretos
da presidente que abriram créditos suplementares sem autorização do Congresso e
as chamadas "pedaladas fiscais".
"Identificamos plausibilidade
na denúncia, que aponta para a irresponsabilidade do Chefe de Governo e de
Estado na forma como executou a política fiscal", diz o texto. "Não
se trata, por fim, de 'criminalização da política fiscal', como registrou a
denunciada em sua defesa escrita apresentada a esta Comissão, mas da forma como
a política foi executada, mediante o uso irresponsável de instrumentos
orçamentário-financeiros", completa o relatório mais à frente.
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