segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

GRUPO FAZ 'BEIJAÇO' EM BAR QUE TERIA EXPULSADO CASAL POR BEIJO GAY EM SP

Cerca de 50 pessoas participaram de um "beijaço" neste sábado (31) dentro do Milwaukee American Bar, em Ribeirão Preto (SP), em protesto contra a suposta expulsão de um casal de mulheres do estabelecimento, após um beijo em público. 
 

O caso foi registrado na Polícia Civil pelas vítimas e tomou grande repercussão nas redes sociais: internautas classificaram a atitude do estabelecimento como homofóbica. Em nota, o bar negou a expulsão baseada em critérios de orientação sexual, mas alegou que as garotas faziam parte de um grupo com "conduta inapropriada" e que tumultuava o ambiente. 

Neste sábado, os manifestantes se concentraram na rotatória entre as avenidas Portugal, Nove de Julho e Antônio Diederichsen, a cerca de 500 metros do estabelecimento, e depois seguiram em passeata até o bar. A Polícia Militar acompanhou o trajeto e auxiliou no bloqueio do trânsito. Munidos de cartazes com mensagens contra homofobia, os manifestantes se agruparam na calçada do Milwaukee, onde quatro casais aderiram ao 'beijaço'. As vítimas do suposto caso de homofobia não participaram do ato, mas foram representadas pelo advogado Alexandre Bonilha.

Após uma hora de negociação entre Bonilha e representantes do estabelecimento, o grupo foi autorizado a realizar o "beijaço" dentro do bar, sob orientação de que deixassem os cartazes do lado de fora. "Todo tipo de manifestação é bem vinda, desde que pacífica e organizada. O bar é a favor de qualquer tipo de manifestação e apoia todo ato que seja feito para o bem", disse o advogado Fábio Esteves Carvalho, representante do Milwaukee. Segundo Carvalho, os proprietários do estabelecimento entraram em contato com as vítimas do suposto caso de homofobia para tentar uma solução amigável. 

O advogado das vítimas confirmou a tentativa de conciliação, mas disse que as jovens esperam uma retratação do bar. "Caso não haja resolução amigável, a casa poderá ser multada e ter o estabelecimento fechado, além da medida judicial que se pleiteará em indenização por danos morais", afirmou Bonilha. (G1)

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