sábado, 15 de novembro de 2014

CANIBAIS DE GARANHUNS: RÉUS SÃO CONDENADOS A 19 E 21 ANOS DE PRISÃO POR ASSASSINATO DE JOVEM

O julgamento do trio conhecido como Canibais de Garanhuns terminou por volta das 21h desta sexta-feira (14), segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco. Isabel Cristina Torreão Pires e Cristina Oliveira da Silva foram condenadas a 19 anos de reclusão, um ano de detenção e 120 dias-multa. Já Jorge Beltrão Negromonte, recebeu a pena de 21 anos de reclusão, um ano e seis meses de detenção e 320 dias-multa.


O júri começou por volta das 9h de quinta-feira (13) em Olinda (PE). Na chegada ao fórum, os acusados foram vaiados por populares.

Os três réus foram condenados por homicídio quadruplamente qualificado, vilipêndio e ocultação de cadáver de Jéssica Camila da Silva Pereira, de 17 anos. A jovem seria a primeira vítima dos acusados, de acordo com o TJ-PE.

Durante o júri, Negromonte confessou que matou, esquartejou e comeu parte do corpo da jovem. Entre as testemunhas, o delegado Paulo Berenguer disse que cada um tem sua participação na morte de Jéssica.

— Eles confessaram o canibalismo. A carne era temperada normalmente por Isabel e Bruna e servida junto com o resto normal de comida. A ideia era comer a carne purificada da vítima para que a purificação atingisse os três.
Antes do depoimento do delegado, o perito médico Lamartine Hollanda também falou. Ele é testemunha indicada pelo Ministério Público. A promotoria disse na entrada do fórum que esperava a condenação máxima para os três.
Jéssica saiu de casa há seis anos para aceitar uma proposta de emprego feita por Isabel em maio de 2008, em Olinda. A filha de Jéssica tinha um ano e meio quando sumiu com a mãe. Atualmente, a criança mora com os parentes da jovem.

Nesta sexta-feira, a promotora Eliane Gaia leu um diário escrito por Negromonte. Segundo o TJ-PE, o caderno, nomeado como Diário de um Esquizofrênico, conta detalhes sobre os crimes praticados. Durante o dia, os réus choraram e até trocaram carinhos no tribunal.

Após o depoimento da promotora, o advogado de Isabel Cristina, Paulo Sales, iniciou a defesa da sua cliente com um vídeo em que Negromonte aparece falando sobre os crimes. Ele defende que Isabel agiu por ter sido coagida e ameaçada.

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