terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Transações por DOC chegam ao fim em 15 de janeiro após quatro décadas em operação

  Tamara Nassif | Folhapress

Foto: Arquivo / Agência Brasil

As transações via DOC (Documento de Ordem de Crédito) estão com os dias contados. A partir das 22h da próxima segunda-feira (15), bancos deixarão de oferecer a modalidade de transferência após quase quatro décadas em operação, informou a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) nesta semana.
 

A data limite para agendamentos das transações é 29 de fevereiro, quando o sistema será encerrado em definitivo. A TEC (Transferência Especial de Crédito), exclusiva para empregadores pagarem benefícios a funcionários, também será descontinuada.
 

O DOC, criado em 1985 pelo BC (Banco Central), só efetiva as transferências um dia depois do banco receber a ordem. O fim da modalidade vem na esteira da predileção pelo Pix, que, em pouco tempo, se tornou a operação bancária favorita dos brasileiros.
 

"Tanto a TEC quanto o DOC deixaram de ser a primeira opção dos clientes e sua utilização vem caindo continuamente nos últimos anos", afirmou Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, em nota enviada à imprensa.
 

"Os clientes têm dado preferência ao PIX, por ser gratuito, instantâneo e também pelo valor que pode ser transacionado."
 

De acordo com um levantamento feito pela Febraban com base em dados do BC, o DOC foi usado em 18,3 milhões de operações no primeiro semestre de 2023 –apenas 0,05% das 37 bilhões de transações feitas no período.
 

A modalidade ficou bem atrás de cheques (125 milhões), TED (448 milhões), boleto (2,09 bilhões), cartão de débito (8,4 bilhões) e cartão de crédito (8,4 bilhões).
 

O Pix, líder desde 2022, se manteve à frente com 17,6 bilhões de operações.
 

O valor máximo das transações por DOC e TEC é de até R$ 4.999,99.
 

Já o do Pix é ajustável e tem restrições de horário para segurança dos correntistas: das 20h às 6h, a quantia máxima para transferências é de R$ 1.000, mesmo que enviadas de forma fracionada. O limite noturno pode ser aumentado, embora essa não seja a recomendação do BC.

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