terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Bahia é o estado com mais internações de bebês por desnutrição em 2022


Reprodução/TV Cultura
Reprodução/TV Cultura

Sistema Único de Saúde (SUS) registrou, durante o ano de 2022, 2.754 internações de bebês menores de um ano por desnutrição, sequelas da desnutrição e deficiências nutricionais. Esse dados equivalem a sete por dia em todo o país. O estado com o maior número de casos é a Bahia, que registrou 480 hospitalizações.

Outros estados com números elevados de internações por desnutrição infantil é Maranhão (280), São Paulo (223), Minas Gerais (205) e o Pará (182).

O Nordeste lidera o ranking de regiões, que registrou 1175 internações de bebês com menos de um ano por problemas de nutrição. O Centro Oeste, com 777 casos, e o Sudeste, com 617, também se destacam negativamente.

Os números foram coletados a partir do estudo do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), realizado com dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), do Ministério da Saúde, extraídos em 29 de dezembro de 2022. Iniciativa conjunta entre a Fiocruz e o Centro Arthur de Sá Earp Neto (Unifase), o Observa Infância investiga, monitora e divulga dados e informações sobre a saúde de crianças de até 5 anos no país.

Cristiano Boccolini, coordenador do Observa Infância, indica a desigualdade de renda entre regiões e cidades brasileiras entre um dos principais fatores da desnutrição infantil.

“Enquanto o Nordeste registrou 1.175 hospitalizações em 2022, o Norte realizou 328 internações pelas mesmas causas no ano passado. Olhando para as capitais, temos Salvador com 159 hospitalizações e Cuiabá com apenas uma”, explicou.

Mesmo com os números críticos, eles podem aumentar. Boccolini ressaltou que os dados coletados no SIH ainda podem sofrer alterações, devido ao tempo necessário para finalizar os registros no sistema.

“No cenário atual, embora o sistema registre uma pequena redução no número de internações de bebês menores de 1 ano por desnutrição no país de 2021 para 2022, de 2.946 para 2.754 hospitalizações, podemos considerar que a tendência se mantém, o que é preocupante”, completou.


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