quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Inflação volta a subir após três meses de queda


Após três meses consecutivos de deflação, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) voltou a subir em outubro, informou nesta quinta-feira (10) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O indicador oficial de inflação do país teve alta de 0,59% no mês passado. A taxa ficou acima das projeções de analistas consultados pela agência Bloomberg, que esperavam avanço de 0,49%.

O novo resultado veio após quedas de 0,29% em setembro, de 0,36% em agosto e de 0,68% em julho. Em 12 meses, o IPCA passou a acumular alta de 6,47% até outubro, apontou o IBGE. O avanço era de 7,17% até setembro.

Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, 8 tiveram alta em outubro. A maior contribuição do mês, de 0,16 ponto percentual, veio de alimentação e bebidas (0,72%), que havia recuado 0,51% em setembro. Na sequência, vieram saúde e cuidados pessoais (1,16%) e transportes (0,58%), com impactos de 0,15 ponto percentual e 0,12 ponto percentual, respectivamente. Juntos, os três grupos responderam por cerca de 73% do IPCA de outubro. A maior variação do mês foi do grupo vestuário: 1,22%.

Para tentar conter a carestia no ano eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL) apostou em cortes de impostos. Nesse sentido, Bolsonaro sancionou em junho o teto para cobrança de ICMS (tributo estadual) sobre combustíveis, entre outros itens. A medida veio acompanhada pela redução dos preços praticados nas refinarias da Petrobras.

Em conjunto, os dois fatores levaram os combustíveis para baixo, o que puxou a deflação do IPCA às vésperas das eleições. A trégua nas bombas dos postos, contudo, agora dá sinais de esgotamento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

AVISO: O conteúdo de cada comentário é de única e exclusiva responsabilidade do autor da mensagem.