A equipe do Verdinho Itabuna foi acionada nos últimos dias por funcionário (a) do Hospital Regional Costa do Cacau, em Ilhéus, para publicar denúncias relacionadas as condições de trabalho da unidade hospitalar.
De acordo com os relatos da fonte, que preferiu não se identificar, na Enfermaria Covid-19, por exemplo, existem atualmente 29 leitos, mas são apenas dois Técnicos de Enfermagem para dar assistência a todos eles. Boa parte dos enfermos desse setor precisa de cuidados especiais, para serem alimentados, banhados, etc.
Com a quantidade de pacientes desproporcional a de profissionais disponibilizados, os técnicos ficam extremamente sobrecarregados, gerando estresse e exaustão.
Conforme o depoimento, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI-Covid-19), do hospital, existem 18 pacientes para apenas quatro Técnicos de Enfermagem, sendo que o indicado para tal setor, pela gravidade dos casos, é de dois pacientes para cada Técnico.
Com a sobrecarga imposta pela desproporcional quantidade de leitos e de Técnicos, o escopo da profissão fica extremamente prejudicado, o que implica, paralelamente, em pacientes desassistidos.
Mas essa desproporcionalidade, ainda de acordo com os relatos do (a) colaborador (a), não é o único problema. A fonte diz que faltam lençóis e fraldas, por exemplo, para os pacientes. O hospital que foi criado para ser referência na região, enfrenta problemas básicos e estruturais, como a falta ou baixa quantidade de medicamentos, por exemplo.
Constantemente, medicamentos são “barrados|” na farmácia do hospital, que segundo os funcionários, está com o estoque bastante comprometido.
O Verdinho Itabuna teve acesso a conversas de um grupo no aplicativo whats app, em que diversos colaboradores do hospital, cujas identidades serão preservadas, reclamam contundentemente das condições de trabalho no HRCC. “A gente tá ficando doente, estressado, trabalhamos sobrecarregados, só o Senhor pra ter misericórdia de nós”, desabafa um dos trabalhadores.
Outra reclamação dos trabalhadores é sobre as condições absolutamente inadequada do quarto de descanso do HRCC. Todo hospital de grande porte disponibiliza cômodos de descanso para os profissionais, já que se trata de um ambiente de intensos e corriqueiros plantões, horas extras, trocas de turnos e escalas de atendimento.
De acordo com os funcionários, o lugar é quente, sem lençóis o forros nas camas, o ar condicionado não funciona, os colchões estão empoeirados, o cheiro de mofo é quase que insuportável. “Ontem, não entendi porque a moça a rouparia troca os lençóis dos médicos e fisioterapeutas, e ignoram o nossos”, comentou outro funcionário.
Uma situação crítica e que certamente merece um olhar diferenciado por parte o líderes estratégicos do hospital, tai como coordenadores, gestores, etc, bem como do setor de Recursos Humanos.
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