terça-feira, 28 de dezembro de 2021

'Está um caos por aqui', diz coordenador da Defesa Civil de Itabuna; criança está desaparecida


Mais duas pessoas morreram nesta segunda-feira (27) em decorrência da chuva intensa que castiga a Bahia. Dessa vez, os óbitos ocorreram em Itabuna, no Sul do estado. A cidade enfrenta uma situação crítica após a cheia do rio Cachoeira. Os corpos foram encontrados no bairro Urbis IV - um homem de 21 anos, levado pela correnteza - e na rua Bananeira, às margens do rio Cachoeira – uma mulher de 33 anos, vítima de desabamento. 

Os temporais de dezembro já causaram 20 mortes em 11 cidades baianas: Amargosa (2), Itaberaba (2), Itamaraju (4), Jucuruçu (3), Macarani (1), Prado (2), Ruy Barbosa (1), Itapetinga (1), Ilhéus (1), Aurelino Leal (1) e as duas vítimas de Itabuna, que foram identificadas como Felipe Duarte Garcia e Maria das Neves Souza dos Santos. 

O coordenador da Defesa Civil de Itabuna, Yuri Bandeira, diz que ainda há uma criança desaparecida na cidade. “Estamos pedindo reconhecimento federal de situação, para podermos fazer as ações. É muita miséria, muita gente passando fome. Está um caos por aqui. Das 47 áreas de risco da cidade, 40 foram afetadas pelas chuvas nas últimas horas”, disse Bandeira.

Além da situação de emergência, Itabuna decretou também situação de calamidade pública, em decreto do último domingo (26). A chuva começou na cidade na véspera do Natal e, no acumulado do mês, já são 301,84 mm. Mais de um terço disso, 107 mm, em apenas 24 horas. Da última vez que o coordenador contou, eram 1.247 pessoas desalojadas.  

“Estamos ainda fazendo o levantamento para ver a quem daremos aluguel social. Por enquanto, estamos dando todo o suporte, com alimentação, remédio, porque tem muita gente gripada, e estamos fazendo o acolhimento nas 12 escolas municipais. Todas estão cheias”, acrescenta Yuri Bandeira. Segundo ele, 137 casas desabaram e há um condomínio de luxo, o Cidadelle, que está ilhado há dois dias. As pessoas estão sendo resgatadas pelo corpo de bombeiros. As informações são do Correio24h.

Pelo último decreto, a prefeitura relata ainda a destruição de pavimentos, calçamentos, entupimento de canais, bueiros, saídas de água, alagamento de ruas, queda de encostas, quedas de água, destruição de cultivos em pequenas propriedades de famílias da zona rural, destruição parcial de estradas vicinais, oferecendo perigo aos veículos de transporte escolar, além da interrupção de fornecimento de água em alguns bairros.

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