O veto da China à compra de carne bovina brasileira, que dura quase dois meses, já apresenta impacto na produção nacional, uma vez que o país asiático é o principal importador do produto.
Estima-se que a suspensão, ocorrida no dia 4 de setembro, após confirmação de dois casos da “doença da vaca louca” em rebanhos brasileiros, já tenha provocado um acúmulo de cerca de 100 mil toneladas represadas aguardando uma solução para o caso.
De acordo com a CNN, o presidente Jair Bolsonaro vem sendo aconselhado a fazer um gesto diplomático ao governo chinês sobre a importância das relações comerciais entre o Brasil e a China.
O veto seguiu vigente mesmo após a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) concluir, no dia 15 de setembro, que os casos de contaminação foram isolados e, portanto, não apresentavam risco à saúde pública.
A carne que já seria transportada à China ficou armazenada em contêineres refrigerados e a recomendação é que os produtores vendam o alimento nacionalmente ou busquem outros países. Ainda segundo a CNN, o problema apontado por especialistas é que o corte vendido aos chineses é consumido exclusivamente por eles.
Diante da situação, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, se dispôs a ir até a China negociar pessoalmente uma solução para o caso, o que ainda não ocorreu.
Na quinta-feira (21), o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, participou de uma videoconferência com o ministro de Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi. De acordo com França, o país asiático sinalizou que o impasse será resolvido o mais breve possível.
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