Nesta segunda-feira (02/08), a Polícia Civil de Eunápolis prendeu Ubiratan Brito Rosa de Souza de 50 anos, mais conhecido como Bira Rosa, acusado de utilizar nomes de vários agricultores sem a devida permissão e formar cooperativas para concorrer diversas licitações para o fornecimento de merenda escolar em diversos municípios baianos.
Bira foi preso em flagrante na cidade de Itabela, pelos agentes investigativos da delegacia de furtos e roubos da Polícia Civil. O acusado estava concorrendo uma licitação, apresentando documentações falsas, quando recebeu a voz de prisão.
As investigações iniciaram após diversas ocorrências registradas por agricultores no Complexo Policial de Eunápolis como também em outras delegacias no estado da Bahia, informando que seus nomes estavam sendo utilizados de forma indevida por uma cooperativa localizada no bairro Aeroporto em Eunápolis, tendo como presidente Ubiratan Brito Rosa de Souza. Os comunicantes informaram que nunca participaram dessa cooperativa e desde o ano de 2013, Bira Rosa vem ganhando licitações na região de forma ilegal.
De acordo com o delegado coordenador da Polícia Civil Moisés Damasceno, o acusado nunca trabalhou como produtor rural, mas ao ganhar as licitações utilizando os nomes dessas pessoas indevidamente, o mesmo adquiria os produtos com outros agricultores e abastecia as prefeituras.
Pelo quanto já investigado, Bira Rosa se valia da Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), pela qual os produtores de baixa renda tem prioridade no fornecimento de produtos para compor o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), para, através de uma cooperativa, falsamente integrada por produtores rurais, levar os municípios a erro, ao ponto de dele adquirir os produtos que deveriam ser fornecidos por produtores da agricultura familiar.
Bira Rosa foi atuado em flagrante pelo delegado titular da delegacia de repressão a furtos e roubos Dr. Hermano Costa, por falsidade ideológica e as investigações continuam em busca de identificar outros envolvidos nesse esquema fraudulento e também tentar mensurar o prejuízo causado aos agricultores que tiveram os nomes usados sem a devida permissão.
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