quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

MILICIANO SUSPEITO DE MATAR CONTRAVENTOR NO RIO DE JANEIRO É PRESO EM CANAVIEIRAS

Um miliciano suspeito de envolvimento na morte do contraventor Fernando Iggnácio de Miranda, no Rio de Janeiro, em 10 de novembro de 2020, foi preso na tarde desta terça-feira (12), em uma pousada, na cidade de Canavieiras, no sul da Bahia, onde estava escondido.

A Polícia Civil da região, que participou da ação, informou que o preso foi identificado como Rodrigo Silva das Neves, de 30 anos. Rodrigo estava foragido da Justiça. Ele é PM e de acordo com a polícia, faz parte de uma milícia que atua no Rio de Janeiro.

Policial militar Rodrigo Silva das Neves suspeito de envolvimento no assassinato do contraventor Fernando Iggnácio — Foto: Divulgação

No dia 18 de dezembro de 2020, a Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou que tinha identificado quatro suspeitos de envolvimento na morte do contraventor e que um deles era Rodrigo.

Outro homem encontrado com o miliciano também foi detido. A dupla foi encaminhada para a sede da 7ª Coorpin, na cidade de Ilhéus, onde foi realizada a identificação do miliciano e o mandado de prisão cumprido. Após exames, no Departamento de Polícia Técnica (DPT), o miliciano ficará à disposição da polícia carioca.

Policial civis e militares durante prisão de miliciano do Rio de Janeiro na Bahia — Foto: Divulgação / SSP-BA

O diretor do Departamento de Polícia do Interior (Depin), delegado Flávio Góis informou que as equipes de polícia de Ilhéus e Itabuna, ambas cidades no sul da Bahia, com apoio da PM, vão apurar se o miliciano só se escondia na Bahia ou se praticava algum tipo de crime no estado.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP-BA), a prisão ocorreu em ação conjunta das polícias Civil e Militar da Bahia e do Rio de Janeiro. Através de ações de inteligência e de uma ligação anônima para o Centro Integrado de Comunicações (Cicom), equipes da 6ª (Itabuna) e 7ª (Ilhéus) Coordenadorias Regionais de Polícia do Interior (Coorpins) e da 71ª CIPM.

Crime

Fernando Iggnácio, genro do contraventor Castor de Andrade, foi executado dentro de heliporto na Zona Oeste do Rio de Janeiro — Foto: Luciano Belford/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

O contraventor Fernando Iggnácio de Miranda voltava de uma viagem à Angra dos Reis, na Costa Verde, de helicóptero, e, ao desembarcar, foi atingido por vários tiros na cabeça quando caminhava em direção ao carro, ao lado da empresa Heli-Rio.

A mulher de Fernando Iggnácio estava no helicóptero com o marido, mas conseguiu escapar dos disparos. Carmem Lúcia de Andrade Iggnácio chegou a desembarcar da aeronave com o marido mas, quando ouviu os tiros, voltou correndo para o helicóptero, que decolou de novo e pousou em um condomínio no Recreio.

Disputa sangrenta

Fernando Iggnácio disputava desde 1997 pontos de jogos de bicho e de máquinas caça-níqueis na Zona Oeste do Rio com Rogério Andrade, sobrinho de Castor.

A disputa entre os dois começou após o assassinato de Paulo Andrade, o Paulinho, em 1998, filho de Castor e escolhido como herdeiro.

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