Como sempre, a internet não perdoa. E já são inúmeros os memes lembrando a situação embaraçosa do ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, após a prisão do governador Luiz Fernando Pezão.
Paes, Sérgio Cabral, Pezão, Eduardo Cunha e Jorge Picciani comandaram por anos o MDB fluminense e o MDB fluminense comandou por anos o maior esquema de corrupção que o Estado do Rio de Janeiro conheceu, desde que o português Estácio de Sá por lá desembarcou.
Eduardo Paes é o único que não foi preso, mas, sem trocadilho, pesam contra ele várias denúncias de malversação do dinheiro público. É aquela história, "diga-me com quem andas e eu te direi quem és".
Em uma frase célebre, Cabral, o grande timoneiro, disse "acho que exagerei" A corriola do ex-governador exagerou, e muito. Praticamente tudo que se movia em volta do serviço público era obrigado a pagar pedágio para o grupo, que, segundo a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, permanecia ativa, mesmo após vários dos seus membros estarem atrás das grades. “Essa organização criminosa continua atuando especialmente em relação à lavagem de dinheiro", disse ela.
De acordo com a Polícia Federal, não é só pé que é grande no caso do governador, a boca também. Ele montou um esquema próprio e cobrava 8% de propina. Desde 2007, ele passou a receber uma mesada de R$ 150 mil. Quando chegou no governo, a mordida aumentou.
A prisão de Pezão é a mais nova etapa de uma triste sina de quem ocupa o Palácio Guanabara, sede do governo local. Desde 1998, todos, sim, todos os governadores do Rio de Janeiro passaram um período na cadeia. Começou com Anthony Garotinho e seguiu com Rosinha Garotinho, Sérgio Cabral e, agora, Pezão.
Na eleição passada, Eduardo Paes também tentou ir para o Palácio Guanabara. Foi barrado nas urnas, mas pode acabar tendo o mesmo destino dos que passaram recentemente por lá.
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