A insegurança e o medo invadiram a rotina dos moradores da zona norte da cidade de Ilhéus. A região, que antes era reconhecida pelo potencial turístico, ambiente propicio ao lazer e ao descanso, atraindo assim milhares de visitantes à localidade, impulsionando o comercio hoteleiro e alimentício local, hoje cedeu lugar para grades, alarmes e câmeras de segurança que transformaram as residências do litoral norte da cidade, em uma prisão para cidadãos de bem, que são obrigados a conviver, diariamente, com assaltos, furtos e tráfico de drogas, tendo seu o direito de ir e vir ceifado pela criminalidade.
“Vivemos inseguros sem condições de sair a noite, medo de voltar de carro e ser assaltado na estrada. O paraíso que sonhei para minha aposentadoria virou um inferno pelo medo”, disse um morador da vila Barramares, localizada no km 16, da rodovia Ilhéus/Itacaré.
De fato esta não é uma notícia que possa agradar ao poder público. Mais fácil seria dizer que Ilhéus está em “tempo de alegria”. Mas as estatísticas deixam o sangue da violência escorrer entre os becos da cidade, revelando a verdadeira face de uma Ilhéus que o turista não quer ver, mas os moradores são obrigados a conviver no dia a dia.
De fato, segundo dados fornecidos pela Policia Militar, em um comparativo com o primeiro semestre de 2017, Ilhéus registrou uma redução de 8% no número de homicídios, caindo de 50 para 46 assassinatos. Mas, quando a área analisada é a zona norte e oeste do município, os números preocupam, pois foi diagnosticado um aumento de 40% nos casos, registrando 15 mortes em 2017 e 21 no primeiro semestre de 2018.
Para o comandante da Companhia Independente da Policia Militar, que atua nas zonas norte e oeste da cidade (70ª CIPM), Ten. Coronel Rivas, o crescente índice de violência registrado nos últimos anos, está correlacionado a ocupações irregulares “ Estas ocupações estão se multiplicado a cada dia na região, comprometendo a segurança pública local, e dificultando a ação da polícia no controle da criminalidade nas comunidades”, informou.
As ocupações são fruto de um projeto inacabado do governo do estado, que lançou em 2008 a expectativa da construção de um Complexo Intermodal para instalação de um porto, em uma área de aproximadamente 1700 hectares, a qual chegou a ser desapropriada, mas que acabou não sendo utilizada diante a mudança de localidade do chamado Porto Sul, deixando a área completamente inutilizada. O local acabou sendo alvo das ocupações desordenadas, lideradas, a principio, por cidadãos que se denominaram integrantes de movimentos de luta pela terra e sem terra.
“Desde que começaram estas ocupações, o número de assaltos as nossas casas tornaram-se constantes. Sou veranista, mas tive a casa arrombada por duas vezes. Não temos segurança nem sabemos como solucionar este problema”, informou o morador, confirmando uma realidade vivida em todo litoral norte, onde além dos assaltos, a população conta com a ascensão do tráfico de drogas, diante a localidade ser campo de passagem para duas cidades turísticas, Ilhéus e Itacaré. A distância entre a sede da companhia de policia e as comunidades assistidas por ela, também é determinante, pois são mais de 30 km que os separam, deixando os moradores vulneráveis as ações dos criminosos, debilitando a eficácia das operações.
Visando suprir esta lacuna, está sendo desenvolvido, no km 28 da rodovia Ilhéus/Itacaré, o projeto de uma Base de Apoio Comunitário da Policia Militar, uma ação entre a 70ªCIPM e a comunidade do litoral norte d cidade, com o objetivo de diminuir esta distância, tornando mais rápida a intervenção das policias locais ao chamado da comunidade. “Com a instalação desta base diminuiremos o tempo para chegar nos locais solicitados e conseguiremos garantir uma resposta mais precisa em nossas operações, pois contaremos com policiamento nas duas pontas de saída do litoral e mais próximo do cidadão”, completou o Ten. Coronel Rivas.
Entre outras ações já encaminhadas na área da segurança publica em Ilhéus, está a nova base de apoio da 70ª CIPM no Teotônio Vilela, onde serão instalados dois containers, para uso do pelotão e atendimento ao público, viabilizando melhor assistência da policia aos moradores do bairro.
Por Caliana Mesquita
“Vivemos inseguros sem condições de sair a noite, medo de voltar de carro e ser assaltado na estrada. O paraíso que sonhei para minha aposentadoria virou um inferno pelo medo”, disse um morador da vila Barramares, localizada no km 16, da rodovia Ilhéus/Itacaré.
De fato esta não é uma notícia que possa agradar ao poder público. Mais fácil seria dizer que Ilhéus está em “tempo de alegria”. Mas as estatísticas deixam o sangue da violência escorrer entre os becos da cidade, revelando a verdadeira face de uma Ilhéus que o turista não quer ver, mas os moradores são obrigados a conviver no dia a dia.
De fato, segundo dados fornecidos pela Policia Militar, em um comparativo com o primeiro semestre de 2017, Ilhéus registrou uma redução de 8% no número de homicídios, caindo de 50 para 46 assassinatos. Mas, quando a área analisada é a zona norte e oeste do município, os números preocupam, pois foi diagnosticado um aumento de 40% nos casos, registrando 15 mortes em 2017 e 21 no primeiro semestre de 2018.
As ocupações são fruto de um projeto inacabado do governo do estado, que lançou em 2008 a expectativa da construção de um Complexo Intermodal para instalação de um porto, em uma área de aproximadamente 1700 hectares, a qual chegou a ser desapropriada, mas que acabou não sendo utilizada diante a mudança de localidade do chamado Porto Sul, deixando a área completamente inutilizada. O local acabou sendo alvo das ocupações desordenadas, lideradas, a principio, por cidadãos que se denominaram integrantes de movimentos de luta pela terra e sem terra.
“Desde que começaram estas ocupações, o número de assaltos as nossas casas tornaram-se constantes. Sou veranista, mas tive a casa arrombada por duas vezes. Não temos segurança nem sabemos como solucionar este problema”, informou o morador, confirmando uma realidade vivida em todo litoral norte, onde além dos assaltos, a população conta com a ascensão do tráfico de drogas, diante a localidade ser campo de passagem para duas cidades turísticas, Ilhéus e Itacaré. A distância entre a sede da companhia de policia e as comunidades assistidas por ela, também é determinante, pois são mais de 30 km que os separam, deixando os moradores vulneráveis as ações dos criminosos, debilitando a eficácia das operações.
Visando suprir esta lacuna, está sendo desenvolvido, no km 28 da rodovia Ilhéus/Itacaré, o projeto de uma Base de Apoio Comunitário da Policia Militar, uma ação entre a 70ªCIPM e a comunidade do litoral norte d cidade, com o objetivo de diminuir esta distância, tornando mais rápida a intervenção das policias locais ao chamado da comunidade. “Com a instalação desta base diminuiremos o tempo para chegar nos locais solicitados e conseguiremos garantir uma resposta mais precisa em nossas operações, pois contaremos com policiamento nas duas pontas de saída do litoral e mais próximo do cidadão”, completou o Ten. Coronel Rivas.
Entre outras ações já encaminhadas na área da segurança publica em Ilhéus, está a nova base de apoio da 70ª CIPM no Teotônio Vilela, onde serão instalados dois containers, para uso do pelotão e atendimento ao público, viabilizando melhor assistência da policia aos moradores do bairro.
Por Caliana Mesquita
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