O estado da Bahia teve o maior índice de desigualdade nos rendimentos do país. É o que aponta um levantamento que comparou dados de 2016 e 2017 e foi divulgado nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Além do crescimento da desigualdade salarial, o estudo traz outras informações, como rendimento salarial familiar e aumento da renda de trabalho para homens, brancos e idosos e outros. Com relação a liderança na desigualdade salarial, o IBGE aponta que de 2016 para 2017, o salário médio real dos trabalhadores que ganhavam menos na Bahia caiu 5,9%, ao passar de R$ 472 para R$ 444. Entretanto, o rendimento médio de trabalho de 10% dos trabalhadores que detêm os maiores salários aumentou 31,7%, passando de R$ 5.946 para R$ 7.833.
Já o cenário nacional, foi predominantemente estável. A distância entre os que ganham mais e os que ganham menos se manteve no período, com uma pequena redução (-0,50%.), segundo informou o IBGE.
De acordo com a pesquisa do instituto, em 2017 na Bahia, 10% de trabalhadores com maiores rendimentos ganhavam, em média, 18 vezes o salário da metade dos trabalhadores que ganhavam menos. Essa diferença foi de 13 vezes em 2016. No país, a distância permaneceu em 12 vezes de um ano para o outro.
O aumento da desigualdade nos rendimentos de trabalho na Bahia, entre 2016 e 2017, se reflete no Índice de Gini, que mede a desigualdade de renda. Esse indicador aponta que, quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade de renda entre a população.
No ano passado, a Bahia teve o maior Índice de Gini do país para os rendimentos de trabalho efetivamente recebidos: 0,599, com um aumento frente a 2016 (quando havia sido de 0,537) e acima da média nacional, que foi de 0,524 em 2017.
Os estados com menores desigualdades entre os rendimentos de trabalho, em 2017, foram Santa Catarina (0,408), Rondônia (0,438) e Mato Grosso (0,446).
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