A campanha eleitoral
começa nesta terça-feira (16) para os candidatos a prefeito e vereador. Será um
período pré-eleitoral de muitas alterações visíveis para o eleitor, a principal
delas, a redução do tempo para que os candidatos divulguem suas propostas e
tentem conquistar o voto: serão 45 dias de campanha. E o horário eleitoral
gratuito será ainda mais reduzido: ele só começa em 26 de agosto, com uma
significativa redução de tempo.
Uma mudança visual significativa é a restrição de tamanho
de propaganda em bens particulares. É permitida apenas a utilização da peça em
adesivo ou papel e o tamanho não poderá exceder meio metro. A medida é para
diminuir a poluição visual. Para o cientista político Rodrigo Giacomet, estas eleições têm quatro
particularidades, a redução do tempo de campanha do horário eleitoral gratuito,
a restrição de doações de pessoas jurídicas, o limite de gastos e o reflexo que
a crise econômica e a avaliação sobre os mandatos dos prefeitos que tentam a
reeleição.
—
A candidatura de sucessão é muito próxima à de reeleição. O candidato precisa
defender o legado do gestor anterior e não pode fazer críticas à atual gestão.
Para
Giacomet, essas medidas irão valorizar ainda mais o espaço dos candidatos na
televisão e no rádio. Ele comenta que, nas eleições anteriores, os eleitores
tinham interesse no início da propaganda em rádio e tevê para conhecer os
candidatos e, no final, para decidir o voto.
—
Agora, com a campanha curta, a tendência é de que os eleitores tenham muita
atenção com os programas eleitorais.
O
cientista político diz que, em geral, o eleitor não gosta de ouvir críticas —
normalmente de candidatos que têm menos chance de vencer a eleição. Giacomet
comenta que o eleitor prefere os candidatos propositivos e analisa aspectos como
confiança, proatividade e a imagem do candidato.
—
Ele (eleitor) avalia se confia ou não confia naquela pessoa, mais que as
propostas. Os partidos devem utilizar mais frases de efeito, falar mais de
valores, de conceitos do que de propostas — diz.
Segundo
Giacomet, nesta eleição, os candidatos à reeleição terão uma dificuldade maior
por dois motivos — as prefeituras sofrerão com a falta de recursos e a crise
política chegou também nos prefeitos. Para o cientista político, o uso da
internet torna a eleição mais democrática porque não há limite de tempo, e
divide o mesmo espaço de atenção do eleitor que a televisão, o rádio e os meios
impressos.
Porém,
alerta para um erro que normalmente os candidatos cometem quando acham que as
redes sociais substituem os instrumentos de pesquisa.
—
Normalmente, se relacionam com os políticos o eleitor que é simpático a ele. É
difícil o político perceber o contraditório nas redes sociais.
Conforme
a juíza Maria Olivier, responsável pela propaganda eleitoral em Caxias no
pleito deste ano, possíveis irregularidades serão analisadas pela Justiça a
partir de denúncias do eleitorado e do Ministério Público Eleitoral.
—
A fiscalização maior é do próprio eleitor — frisa.
A
estrutura utilizada será a dos servidores da Justiça Eleitoral e de outros
órgãos, se necessário. Algumas representações estão sendo analisadas atualmente
e outras até já foram julgadas, mas Maria Olivier prefere não citar.
A
juíza pede seriedade aos candidatos no cumprimento das regras, já que qualquer
infração pode gerar multa e cassação de registro e mandato.
—
A campanha deve ser feita dentro da lei, o que vai resultar no voto livre e
consciente do eleitor — finaliza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
AVISO: O conteúdo de cada comentário é de única e exclusiva responsabilidade do autor da mensagem.