A temporada de reajuste das tarifas de
energia elétrica começa nesta terça-feira (3) com cinco distribuidoras
do grupo CPFL, uma da Energisa e uma cooperativa rural. Os pleitos das
concessionárias, que atendem mais de meio milhão de consumidores, varia
de 10,99% a 33,71%, podendo ser maior ou menor conforme análise da
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Inicialmente, a projeção
do mercado era de que a tarifa de energia subisse entre 25% e 30% neste
ano, mas algumas previsões já estão sendo revistas para cima por causa
de fatores extras.
A Federação das Indústrias do Rio (Firjan), por exemplo, calculava um
aumento médio de 27% das tarifas do setor industrial em 2015. Agora
espera-se algo em torno 35%, podendo chegar a 40%, afirma o gerente de
Competitividade Industrial e Investimentos do Sistema Firjan, Cristiano
Prado. Segundo ele, a mudança de projeção deve-se ao repasse das cotas
da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que não terá aporte do
Tesouro, como ocorreu no ano passado, e será repassado para a tarifa.
A definição dos valores que serão cobrados em 2015 será votada nesta
terça-feira, na reunião da diretoria da Aneel. O número preliminar
divulgado para o orçamento é de R$ 23 bilhões. Embora a diretoria da
agência afirme que o valor será bem menor, há quem diga que poderá
chegar a R$ 26 bilhões.
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