segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

MÃE COLOCA CASA À VENDA PARA REALIZAR CIRURGIA DA FILHA DE 12 ANOS NA BAHIA

Adolescente sofre de escoliose, encurvamento anormal da coluna vertebral. Segundo os pais, de Conceição do Coité, cirurgia custa mais de R$ 150 mil.


Uma moradora da cidade de Conceição do Coité, localizada a cerca de 210 quilômetros deSalvador, colocou a casa à venda para tentar realizar o tratamento da filha de 12 anos, que sofre de escoliose - um encurvamento anormal da coluna vertebral. Rita de Cássia Ferreira conta que a adolescente Rebeca Larissa da Silva começou a apresentar o problema no ano passado e, com isso, ela decidiu se desfazer da residência para pagar parte da cirurgia da jovem, que custa em torno de R$ 150 mil.
"Os médicos disseram que o problema dela é bem grave e que só a cirurgia pode resolver. Mas mesmo se a gente vender a casa, ainda não vamos conseguir todo o dinheiro para pagar o procedimento. A casa custa em torno de R$ 100 mil", afirmou ao G1 a dona de casa, que mora com Rebeca, o esposo e a outra filha de sete anos.
Rita afirma ter descoberto o problema da garota em junho de 2013, quando uma colega percebeu algo de errado na postura da menina. "A vizinha percebeu que a coluna dela estava torta e foi aí que descobrimos. Fomos até o médico, em Feira de Santana, e ele confirmou que ela estava com escoliose", diz.
Jovem sofre de escoliose e precisa de cirurgia
Enquanto não consegue realizar a cirurgia, Rebeca tem que usar um colete para evitar que a curvatura da coluna aumente ainda mais. "O médico falou que o problema está envoluindo demais e que, se não tratar, a coluna pode entortar mais e ela pode até ficar na cadeira de rodas. No exame de ressonância que ela fez, em novembro do ano passado, ela estava com curvatura de 40 graus. Agora, a coluna já tá com 78 graus", conta.
Ainda de acordo com a mãe, por conta do problema na coluna, Rebeca sente dores e, às vezes, nem consegue dormir. "Ela também sente falta de ar, porque o colete aperta muito. Mas é uma menina que não se abate com nada. Ela brinca de forma normal, como as outras crianças, mas sente dor nas costas e nas pernas quando corre", afirma Rita.


A mãe da jovem afirma que esteve em Salvador, na quinta-feira (4), para que a filha pudesse fazer um exame em um hospital da cidade. "Estive no Hospital Santa Isabel e o médico disse que eu poderia pedir ao Ministério Público a liberação da cirurgia, mas isso deve demorar. Além disso, pelo SUS eu teria que esperar mais de um ano pelo procedimento", afirma.
Odair, pai de Rebeca, diz que a família pretende morar de aluguel caso a casa seja mesmo vendida. "Eu trabalho com sisal e nós não temos condições de comprar uma casa nova, caso a gente venda essa", disse. A mãe da jovem não perde a confiança: "Confio em Deus que alguém vai me ajudar. É melhor vender a casa do que vê ela usando cadeira de rodas", afirma.
G1 entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, que afirmou através da assessoria que não tem como fazer uma previsão de quanto termpo a menina teria que esperar para conseguir a cirurgia pelo SUS.

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