Tiros de metralhadora disparados acidentalmente atingiram nove mulheres
que se preparavam para um passeio ciclístico, por volta das 6h30 de
sábado, 13, no centro de Lençóis (a 414 km de Salvador).
A arma era portada por um agente da Companhia Independente de Polícia
de Proteção Ambiental (CIPPA), responsável por acompanhar as 186 atletas
inscritas no evento esportivo até Andaraí, a 36 km de Lençóis. O caso é
apurado por meio de inquérito militar (IPM), de acordo com o comando
local.
As vítimas, cinco delas de Lençóis e quatro do distrito de Tanquinho,
foram levadas em ambulâncias para o hospital da cidade e, em seguida,
encaminhadas para um hospital em Irecê, duas delas em estado grave.
Elas faziam uma oração, antes da largada, no momento dos disparos.
Segundo relatos, o policial lutou para manter a arma apontada contra o
chão (os tiros ricochetearam nas vítimas) e evitar uma tragédia maior. A
Praça das Nagôs, em frente ao Mercado Cultural, foi tomada por gritos
de horror.
A professora e organizadora do 12º Passeio Cilístico Pedal na Trilha,
Joceildes Sá Melo Souza, 42 anos, estava chocada com o ocorrido. "Foi um
erro porque um policial nunca poderia estar com uma arma tão pesada em
um evento como esse", disse.
Segundo ela, é o terceiro ano que a CIPPA acompanha o passeio que
percorre uma antiga estrada que liga as duas cidades. "Nos outros anos,
eles não usavam tantas armas", disse. O passeio foi cancelado.
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