Ele foi encontrado pelo irmão respirando dentro do saco usado para colocar cadáveres na sala de necrotério
A
família de Valdelúcio de Oliveira Gonçalves, 54 anos, dado como morto
pelos médicos, teve uma surpresa na madrugada deste domingo (24), no
Hospital Geral Menandro de Faria, que fica em Lauro de Freitas, na
região metropolitana de Salvador. Ele foi encontrado pelo irmão
respirando dentro do saco usado para colocar cadáveres no necrotério do
hospital.
Segundo
Patricia Gonçalves, sobrinha de Valdelúcio, a família foi informada por
volta das 23h de sábado (23) que havia falecido após uma insuficiência
respiratória e falência múltipla dos órgãos. Cerca de duas horas depois,
o irmão do 'falecido' teve acesso à sala para vestir o corpo de
Valdelúcio e percebeu que o saco estava se movimentando.
"O saco estava
fechado e se mexendo. Subindo e descendo como se ele estivesse
respirando. Daí ele [irmão de Valdelúcio] chamou todo mundo pra ver o
que estava acontecendo. Já estava com os pés amarrados e com algodão no
nariz e ouvidos", contou Patrícia ao Correio24horas por telefone.
Valdelúcio, que
sofre com câncer, seria internado na próxima terça-feira (26) no
Hospital Santo Antônio, das Obras Sociais Irmã Dulce, para seguir com o
tratamento. Porém, na manhã de sábado (23) ele passou mal e resolveram
leva-lo para a emergência do Hospital Menandro. "Ele acordou com falta
de ar.
A
tia dele achou que era a melhor opção e realmente foi. Quando eles
chegaram, foram bem atendido e já mandaram entrar. Nem precisou parar
pra preencher ficha antes", lembra Patrícia.
O paciente foi
levado de volta para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde segue
internado. "Estive com ele hoje. Na sala tem mais outros dois
pacientes. Estava entubado. Ele abriu os olhos e estava bem. Antes de
ter sido internado, ele já falava com muita dificuldade por conta da
doença", disse. Ainda de acordo com a sobrinha, a família quer que ele
seja transferido logo para o Hospital Santo Antônio.
Porém, antes da
notícia de que Valdelúcio estava vivo, a família tratou de providenciar
o enterro. "Tinha tudo já. O laudo da morte e o caixão já estava
comprado", explica a sobrinha. Segundo Patrícia, uma declaração de óbito
foi emitida pelo hospital. Por telefone, a assessoria da Secretaria de
Saúde do Estado (Sesab) não foi encontrada para atualizar o boletim
médico do paciente ou comentar o caso.
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