Pela primeira vez permitido no Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem), o uso de nome social foi solicitado por
68 travestis e transexuais. E o número ainda pode aumentar, já que os
dados obtidos pela Agência Brasil não consideram as solicitações
realizadas nesta sexta-feira (23), último dia para pedir o uso de outro
nome. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep), outras 27 pessoas já ligaram para pedir
informações sobre o assunto. As solicitações já entraram no protocolo do
Inep e serão atendidas. A pedagoga e presidente do Conselho Municipal
LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) de São Paulo,
Janaina Lima, diz que o uso do nome social atraiu mais candidatos ao
exame. “No meu convívio social, eu sei de várias [travestis e trans] que
estão se inscrevendo. Saber que vai chegar lá e vai ser só mais uma
pessoa concorrendo, tem facilitado. Elas dizem que estão se inscrevendo
só porque poderão usar o nome delas e que não vão ser expostas antes
mesmo de começar a prova”, declarou. Os candidatos devem fazer a
inscrição normalmente no site do Enem.
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