A mulher que perdeu o filho após um
parto normal, sem acompanhamento médico, na recepção do Hospital Maternidade
Luiz Argolo, na cidade de Santo Antônio de Jesus, região do recôncavo baiano,
teve alta médica na manhã deste domingo (27).
Segundo a unidade de saúde, ela estava
bem e precisou esperar as 24 horas recomendadas em caso de partos normais para
receber alta. A mulher iria ter o primeiro filho. Ela chegou ao local por volta
das 6h30 do sábado (26) e entrou em trabalho de parto na recepção. O provedor
do hospital, que é administrado pela Santa Casa de Misericórdia, confirmou que
não tinha obstetra na ocasião e que o salário dos médicos estão atrasados.
"Há dificuldade de pagar o médico pelo valor que o SUS [Sistema Único de
Saúde] vem pagando.
A gente não tem condições de cobrir
todas as despesas do parto. Naquele momento, não tinha médico
trabalhando", disse o provedor Aurelino Reis. O médico cirurgião Antônio
Carlos, que atua na unidade, falou sobre o assunto. Quando ele chegou à
unidade, às 10h, a situação já tinha ocorrido. "A paciente teve neném na
recepção. Não tinha médico. Isso é um crime. O hospital não tem médico. Foi um
caos geral, as pessoas ficaram traumatizadas. Um vexame. Dinheiro para a Copa
do Mundo, para as empreiteiras, tem", criticou.
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