sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

SERIAL KILLER CONFESSA TER MATADO 41 PESSOAS NO RIO DE JANEIRO: "QUANDO MATAVA FICAVA TRANQUILO"

Ele conta que matou 37 mulheres, três homens e uma criança de 2 anos. "Não tenho arrependimento. Se eu sair daqui, vou voltar a fazer a mesma coisa", diz

Serial killer confessa ter matado 41 pessoas no Rio de Janeiro: "quanto matava ficava tranquilo"(Foto: Reprodução/TV Globo)
Ele contou que observava a rotina das vítimas por algum tempo antes de agir. "Esperava um mês, às vezes uma semana, dependendo do local. Eu procurava saber onde ela mora, como é a família dela, se ela passava na rua, via, dava uma olhada na casa, ficava estudando ela. De madrugada, numa brecha da casa, numa facilidade, eu aproveitava, entrava”, relatou o suspeito em entrevista à TV Globo.
Sailson foi preso na quarta-feira (10) em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ele só matava mulheres brancas e moradoras do local. A polícia considera o suspeito um psicopata pela frieza com que ele planejava tudo. “Ele não matava mulheres negras, só brancas. Ele seguia a vítima, estudava passo a passo até conseguir concretizar o delito”, disse o delegado Pedro Henrique Medina, titular da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). 
Ele disse que só se sentia mais "tranquilo" depois de matar alguém. “Quando eu não fazia, eu ficava nervoso, andava pra lá e pra cá dentro de casa", disse Sailton. Após cometer o crime, a sensação melhorava. "Fazia uma vítima ali, aí podia ficar uns dois meses sem fazer, uns três meses. Ficava na boa, só pensando naquela que eu matei. Aí, saía para a caçada”.
Vítimas de assassino em série eram muitas - "eu gostei"
Sailson não se preocupava muito em ser preso. Durante os nove anos em que ele cometeu os crimes, o suspeito tomava poucas precauções para não ser identificado. “Eu não matava com preocupação de ir pra cadeia não. Fazia as coisas bem feito, é por gostar mesmo isso", garantiu.

Na rotina do serial killer estava o cuidado em matar as vítimas em locais sem câmera, e em não deixar as digitais. Ele também não levava os documentos quando ia cometer algum crime, para evitar ser identificado. 
Entre as muitas vítimas de Sailson está uma criança de dois anos, que foi morta porque ele tinha medo que os ouvissem o choro da criança após ele matar a mãe dela. Tudo começou ainda na adolescência do rapaz, com pequenos furtos. “Comecei a roubar coisas pequenas. Aí fui crescendo e tendo outros pensamentos diferentes. De roubar, fui começando a pensar em matar", explica.
O primeiro crime aconteceu aos 17 anos. "Depois, com 17, eu matei a primeira pessoa. Deu aquela adrenalina, a primeira mulher", confessou. Apesar da preocupação inicial com a possibilidade de ser preso, isso logo passou. "As coisas fluíram bem. Aí foi vindo na mente de fazer mais e mais. E eu gostei e comecei a acostumar”, revelou.
"Não tenho arrependimento nenhum. Se eu sair daqui, vou voltar a fazer a mesma coisa"
Os traços de psicopatia de Sailson ficam evidentes quando o suspeito fala sobre seus crimes. Sem demonstrar arrependimento, ele conta que faria tudo novamente. "Não me arrependo não. Pra mim o que fez, tá feito. E não volto atrás, não tenho nenhum arrependimento", assegurou.

"Se eu sair daqui a uns 10, 15 ou 20 anos, eu vou voltar a fazer a mesma coisa. É a vontade mesmo, não tem jeito", disse Sailson, sem demonstrar nenhuma emoção. Uma mulher e o ex-marido dela também foram presos ontem (10), depois que Sailson contou que também matou por encomenda.
“Ela me bancava. Em troca disso, era água, comida, teto, roupa nova, dinheiro. Tudo por conta deles e, em troca disso, a alma dos caras”, relatou. Os crimes que teriam sido cometidos por Sailson estão sendo investigados pela Divisão de Homicídios de Nova Iguaçu.
Inicialmente, a descrição com riqueza em detalhes de muitos crimes é consistente com a culpa do rapaz. Sailson será encaminhado ainda nesta quinta-feira (11) para um presídio no Rio de Janeiro. 

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