quarta-feira, 13 de junho de 2018

TRANSFERIDA PARA O PRESÍDIO: “VIÚVA NEGRA” MATAVA SUAS VÍTIMAS APÓS SENTIR QUE SERIA ABANDONADA, DIZ POLÍCIA

Já está no Conjunto Penal de Itabuna Wane Brenda Oliveira, de 34 anos, acusada de matar, friamente, dois namorados envenenados. Ela foi presa na segunda-feira (11) e transferida ontem (12) para o presídio. A história macabra, que teve como vítimas Edvaldo Araújo Alves e Evandro Bonfim de Souza, ambos de 40 anos, teve início, meio e um fim trágico, tudo isso em apenas oito meses. Os crimes aconteceram entre abril e dezembro do ano passado.   


A vilã desse filme real de terror, a “Viúva Negra”, como foi apelidada pelos familiares dos dois mortos, negou os crimes e até chorou na audiência de custódia. Mas, para a polícia não restam dúvidas, sobretudo pelas provas materiais, já que foram encontrados vestígios de chumbinho, veneno usado para matar ratos, nos exames feitos nos corpos.

A uma das vítimas, inclusive, a acusada chegou a dar o veneno duas vezes. A última aconteceu dentro do hospital, quando Evandro estava prestes a ter alta médica. "O médico realmente suspeitou contando com o resíduo gástrico, o retorno que veio da sonda nasogástrica. E quando subiu para o CTI, depois de alguns dias, eu insisti em fazer um [exame] toxicológico de urina. Então eu queria que realmente fosse desvendado mesmo. E a suspeita veio dela [Wane], porque da primeira vez ele estava com ela e da segunda vez ela estava com ele. É uma pessoa má, perversa", desabafou a irmã de Evandro, Eumara Bonfim.

As famílias não se conformam com tamanha crueldade. O crime pode ter sido motivado pelo sentimento de posse. Segundo a delegada Gildete Vitória, as famílias contaram que Wane era ciumenta e muito possessiva. “Possivelmente, ao sentir que seria abandonada, ela dava o veneno para as vítimas”, disse.  


Técnicas avançadas garantiram o resultado das perícias 

Em entrevista à TV Santa Cruz, o perito Marco Antônio Lima, coordenador do Departamento de Polícia Técnica, disse que o sucesso dos resultados foi possível graças às técnicas avançadas utilizadas no processo. 

“Não foi uma perícia simples. Tivemos que proceder uma exumação [do corpo de Edvaldo] e, no caso da segunda vítima [Evandro], ela teria passado por procedimentos médicos. Então, a probabilidade de encontrar ainda o veneno não era tão boa. Mas, felizmente, utilizamos a cromatografia em camada delgada e gasosa, onde encontramos a mesma substância nos dois corpos”, explicou.

Confira mais detalhes desse caso no vídeo acima. 

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