sábado, 21 de janeiro de 2017

MORO DIZ QUE MINISTRO TEORI ZAVASCKI "FOI UM VERDADEIRO HERÓI"

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato na primeira instância, disse neste sábado (21) em Porto Alegre, que o ministro Teori Zavascki "foi um herói". Ele morreu em um acidente aéreo na última quinta-feira (19).

"Acredito que pela qualidade, relevância e importância dos serviços que ele prestava, e a situação difícil desses processos, a importância desses processos, [Zavascki] foi um verdadeiro herói. Há uma grande desolação da magistratura. Todos que o conheciam, especialmente aqui da 4ª Região, estão desolados", declarou, ao chegar na sede do TRF4, onde o corpo do ministro está sendo velado.
Moro não quis responder às perguntas dos jornalistas.

"Lava Jato não irá parar"

O presidente do Tribunal Regional da 4ª Região (TRF4), Luiz Fernando Penteado, disse, durante o velório do ministro Teori Zavascki que a morte do magistrado não deverá causar interrupção das investigações relativas à Operação Lava Jato. O TRF-4 é quem julga os recursos das decisões adotadas em Curitiba.
"A nomeação é ato do presidente da República, que deve pensar sobre o nome com alguma brevidade. Mas a ministra Carmen Lúcia [presidente do STF], observando o regimento interno, fará as diligências necessárias. As medidas urgentes não cessarão", disse.
"As investigações [da Lava jato] correm por impulso do Ministério Público e da Polícia Federal. Certamente há juízes no país com condições de assumir as funções do ministro Teori", completou.
Rodrigo Souza/Futura Press/Estadão Conteúdo
Cortejo acompanha chegada do corpo do ministro do STF, Teori Zavascki

Velório

O velório do ministro é realizado na sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre. Teori era o relator da operação no STF. A presidente do Supremo, Cármen Lúcia, também esteve no local, mas retornou para seu hotel, para descansar. Ela acompanhou com a família ao longo de toda a madrugada os trâmites para o transporte do corpo do Rio de Janeiro para a capital gaúcha.
O presidente Michel Temer deve chegar ao velório por volta das 13h. Estava previsto um pronunciamento dele e de Cármen, mas agora não há mais confirmação sobre isso. Apesar da informação de que o velório seria aberto ao público às 11h, na verdade somente amigos, familiares e autoridades poderão participar. A família está muito consternada e não quer autorizar, por exemplo, que a imprensa faça imagens do corpo.
Por enquanto, poucas pessoas chegaram ao local. Um funcionário do Grêmio trouxe uma bandeira para ser colocada sobre o caixão. Torcedor fanático do time, Teori foi conselheiro do clube por quase 30 anos. Também compareceu ao velório a ex-cunhada do ministro Loeni Falcão. Seguindo o discurso do filho de Teori, Francisco Zavascki, ela disse que "prefere acreditar" que a queda do avião que vitimou o jurista, em Paraty (RJ) tenha sido um acidente.
Além de Temer e Cármen Lúcia, também devem participar do velório o governador do Rio Grande do Sul, Ivo Sartori (PMDB), e o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB). Temer deve viajar acompanhado do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), e do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. A ex-presidente Dilma Rousseff, que mora em Porto Alegre, está em viagem ao exterior e não deve comparecer. (Com Estadão Conteúdo)

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