Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro
(Alerj) adotou medidas para evitar novas depredações e ataques durante
protestos no Centro do Rio, como aconteceu há cerca de um ano. Segundo a
assessoria de imprensa, pela primeira vez a Casa vai comprar armas não
letais para serem utilizadas pelos seguranças patrimoniais. Serão
gastos R$ 9.444,22 na compra de balas de borracha e também uma granada
de efeito moral, duas granadas de pimenta e uma granada lacrimogênea de
baixa emissão.
O processo licitatório está na fase inicial e a empresa vencedora foi a
Condor S/A. De acordo com a Alerj, o objetivo é resguardar as
dependências da Assembleia e o patrimônio público e garantir a segurança
de funcionários e visitantes, incluindo crianças, já que escolas fazem
visitas diárias ao espaço.
Em junho do ano passado, um ato de vandalismo, após um protesto
pacífico no Centro do Rio, destruiu parte da Alerj e gerou prejuízo de
R$ 2 milhões aos cofres públicos. Vidros de um vitral francês foram
quebrados, móveis destruídos e a fachada do prédio histórico foi
pichada. De acordo com a assessoria, tudo foi recuperado e as obras
tiveram supervisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan).
Presidente da Alerj criticou atitude de vândalos
Na época da depredação, o presidente da Alerj, deputado Paulo Melo, chegou a criticar a atitude dos vândalos e disse que a Polícia Militar agiu dentro do contexto. "De todos os prejuízos, o inconcebível é a destruição do patrimônio histórico. Eu me recuso a dizer que o que aconteceu aqui foi uma manifestação. A manifestação aconteceu na Rio Branco. O que aconteceu aqui foi um ato de vandalismo”, disse o presidente da casa. O presidente da casa acredita que a região deve ter sido escolhida pelos vândalos por ser um local de patrimônio histórico e visibilidade.
Ainda de acordo com Paulo Melo, a polícia agiu dentro de um contexto e no momento apropriado. “Quem determinou que a PM não entrasse em confronto fui eu. Percebi que os ânimos estavam exaltados e não queríamos vítima”. Ainda segundo ele, quando os manifestantes chegaram ao local havia 75 PMs do 5°BPM. (G1)
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